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Eu não sou Jean Valjean, mas amo Os Miseráveis (do Vitor Hugo!) - apesar de ainda não ter terminado de ler...
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Sou licenciada em Letras português/inglês (UNIOESTE) e mestra uaáalaa em estudos literários e culturais (UC). Agora faço uma especialização em ensino de língua adicional (UNILA). Com esse curso espero desenvolver minha carreira profissional, ser uma professora melhor a cada dia.
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Até o momento tive pouco contato com a docência: apenas durante o estágio da licenciatura, alguns projetos de curso preparatório para o vestibular, uma experiência frustrada num colégio particular onde eu, praticamente, pagava para trabalhar e, nos últimos meses, dou aulas de reforço numa escola particular, não regular.
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Esse blog foi criado para minha auto análise dos processos de ensino e aprendizagem. O que acredito, o que estudo para saber se transforma com o passar do tempo. Mas, por enquanto, para mim, a aprendizagem acontece quando vemos o outro realizar algo que nos inspira a buscar tais capacidades. Aprendemos quando admiramos alguém que conhece, pratica, pesquisa sobre assuntos que nos agradam. Somos impulsionadas a procurar aprender e até buscamos apoio nesse caminho (de professores, pais, outros instrutores...), porque é difícil aprender tudo o que queremos sozinhas/os.
Eu poderia resumir a minha crença no que é o ensino como uma expansão da aprendizagem, quando uma pessoa ama tanto um assunto, que não quer ser a única a saber dele, que quer que os outros também conheçam sobre ele e ainda mais, por isso, essa pessoa busca (quando se tem possibilidade, apoio, ferramentas...) as melhores maneiras de ajudar outras pessoas a alcançarem seus próprios objetivos de aprendizagem.
Em particular, eu diria que isso vale para o ensino e aprendizagem de línguas adicionais (utilizamos esse termo para falar de várias línguas metas). Por exemplo: Eu amo aprender novas línguas, sei falar inglês, espanhol, um pouco de francês (un petit peu), gostaria de aprender outras línguas mais, mas acho difícil (e muitas vezes, caro) aprender fora do contexto de uso, sem a devida imersão na língua. Logo, pra mim, aprender e ensinar uma língua adicional, além de ser um assunto de grande interesse a uma pessoa, que dê ganas de fazer com que outras também o busquem e se dediquem a isso, inclui a necessidade de estar em contato com o povo falante de tal língua, com seus costumes, sua cultura... Quando isso não é possível, é necessário fazer o máximo para estar em contato com a língua desejada. Para isso, ao se ensinar uma língua adicional, podemos contextualizar o local com imagens relacionadas a língua alvo, buscar métodos de ensino que interessem aos estudantes, apoiá-las/os a alcançar o nível de proficiência desejado, trazer atividades que façam sentido para o estudante, contextualizadas... Também é importante a existência de uma relação amigável, de contribuição, que se tenha ânimo e vontade de ensinar e aprender - é uma troca na qual os dois lados devem contribuir por vontade própria.
Ainda não trabalho regularmente com ensino, mas durante meu estágio, misturei vários métodos de aprendizagem, buscando uma experiência motivadora e dinâmica para as estudantes, afinal, é isso o que mais me atrai no ensino: tentar encontrar a alegria de aprender sempre. Tenho poucas lembranças dos resultados, mas aprendi bastante nas poucas semanas que tive oportunidade de trabalhar com ensino de inglês como LE.
Acredito também, que a vontade de trabalhar com algo cria bons professores e alunos, o que muda são apenas as responsabilidades, como professora, tenho que buscar aprender cada vez mais, para dar exemplo, para encontrar maneiras diferentes de ajudar as estudantes a se interessarem por algum assunto, alguma atividade, estar conectada aos alunos, as suas necessidades... Por outro lado, um bom aluno, uma boa estudante deve responder às investidas do professor, ou seja, dizer o que sente em relação a um tema, mostrar o que deseja aprender, onde quer chegar, atender as sugestões recebidas, criticá-las, pedir por métodos diferentes quando não se sente satisfeito com os métodos utilizados... O contato genuíno e as constantes trocas entre quem ensina e quem aprende são fundamentais para um processo que resulte positivamente.
Ainda não consegui avaliar minha própria prática. Não de um modo consciente, anotando onde posso melhorar de verdade. Poucas vezes consegui por em prática o que acredito que seja uma aula interessante para quem assiste, destas vezes que acredito que consegui, elas foram planejadas em função da necessidade de ajudar aos estudantes a se interessarem pelo aprendizado de línguas, de apresentá-los aos diversos usos que uma língua estrangeira pode ter no dia a dia de quem a conhece. São sempre tentativas, às vezes dá certo. E percebo que uma das minhas grandes necessidades é gerenciar melhor o tempo.
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Esse é uma tentativa de me apresentar, mostrar os caminhos que já percorri, que são poucos, porque não tive muitas oportunidades de trabalhar com a docência, mas algumas foram bastante significativas, como o estágio durante a graduação, algumas aulas em cursos privados de inglês, que me deram a pouca experiência que tenho e que vão me auxiliar a buscar melhorar sempre.

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